Quatro dias,
simplesmente quatro dias que resumem os meus últimos quatro anos. Aquela sensação
de ser só mais alguém sem um mínimo de utilidade neste mundo. Viver cada dia
como se fosse o último porque, quem sabe o que nos irá na nossa mente, poderá
que algum dia eu acerte. Aquelas alucinações, aquelas que penso que todas as
pessoas se querem afastar de mim quando sou eu que me afasto delas. Aquela
vontade imensa de chorar que dura desde manhã até á noite e que ultimamente,
chego a não conseguir segurar o choro. Aquele mau feitio e arrogância que ganho
perante as pessoas, aquela mania de desconfiar de toda a gente (até mesmo das
pessoas que mais amo). Está tudo de novo a vir, tudo de novo a atormentar-me,
depois de oito meses em que a felicidade parecia ter chegado de novo. Tudo está
a recomeçar desde que pensava que estava a cem por cento e que nada do que
tinha passado chegaria novamente. O problema, é que desta vez apareceu tudo de
novo e de uma maneira ainda mais intensa. Onde vou eu parar desta vez? A última
vez em que senti algo parecido a isto, arruinei o meu futuro. O que vou arruinar
desta vez? Simplesmente tenho medo de afastar as poucas pessoas que ficaram do
meu lado, ou que simplesmente elas se afastem por não me compreenderem ou
pensarem que estou cada vez mais estranha. Eu sei que preciso de ajuda, mas
sempre que vou para gritar por ‘’socorro’’ a minha mente me impede. Penso: será
que, se eu estou a sofrer é porque mereço? Mereço eu realmente ajuda? Por vezes
penso que os erros do passado mais cedo ou mais tarde sempre serão pagos. Será
que estarei a pagar essa divida agora?
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